A área sob alertas de desmatamento na Amazônia caiu 42,5% de janeiro a julho de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do sistema Deter-B, do Inpe, divulgados nesta quinta-feira (3/8) no auditório do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a presença das ministras Marina Silva e Luciana Santos. Em julho, a redução foi de 66% na comparação com o mesmo mês de 2022.
No Cerrado houve aumento de 26% da área sob alertas em julho, e de 21,7% em relação aos sete primeiros meses do ano anterior.
“Quando se vê o aumento das operações, das multas, dos embargos, das apreensões, e a retirada de gado de áreas embargadas, isso cria um círculo virtuoso em que não há mais expectativa de impunidade. Cada um que comete crime pensa duas vezes antes de praticá-lo, sabe que está sendo monitorado por satélite e que vai ter ação dos órgãos de fiscalização”, disse Marina. “A queda do desmatamento na Amazônia ocorreu em vários Estados, é uma queda consistente.”
A redução de 42,5% dos alertas na Amazônia desde janeiro ocorreu após alta de 54,1% de agosto a dezembro de 2022, no governo anterior.
A taxa anual de desmatamento é medida sempre de agosto a julho por outro sistema do Inpe, o Prodes, e deverá ser divulgada em novembro. O ciclo para 2023, portanto, foi encerrado.
Tradicionalmente, as taxas de desmatamento na Amazônia são menores no início do ano e sobem a partir de maio, atingindo o pico em julho e agosto. A redução no período mostra que houve uma inversão da curva de crescimento herdada do último governo, disse o secretário executivo do MMA, João Paulo Capobianco.