Em outubro, milhares de brasileiros vão às urnas para escolher presidente, governadores, senadores e deputados.Em ano de eleição, cresce a preocupação com as notícias falsas, que, principalmente a partir de 2018, conturbam o cenário eleitoral.Muitas vezes, as chamadas fake news são criadas com base em acontecimentos reais, o que pode confundir ainda mais a cabeça o eleitor.Como exemplo de falsa narrativa criada a partir de um fato verídico, o advogado Augusto de Arruda Botelho cita a recente viagem do presidente Jair Bolsonaro à Rússia.O encontro com o Vladmir Putin estava marcado há algum tempo e, mesmo em meio à tensão pré-guerra entre Rússia e Ucrânia, não foi cancelada. Botelho diz que apoiadores do presidente brasileiro aproveitaram a ocasião para tentar distorcer a realidade:No nosso país, praticamente três em cada quatro pessoas usam a internet com frequência e muitas fazem das redes sociais sua fonte de informação – e redes sociais e aplicativos de mensagem são, atualmente, o principal meio de disseminação de fake news. Notícias falsas podem impactar negativamente uma sociedade por anos.Por isso, o advogado Augusto Botelho orienta: antes de compartilhar qualquer mensagem ou postagem que você recebe, procure ter certeza de que o conteúdo é verdadeiro:Ainda não existe uma lei no Brasil para disciplinar a produção e a disseminação de fake news, o que não significa impunidade.Dependendo do conteúdo, o autor ou o propagador de notícias falsas pode ser responsabilizado com base em leis que já vigoram no Brasil, seja no âmbito cível, penal, eleitoral ou administrativo.
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