De acordo com um estudo recente das Nações Unidas, até a década de 2080, a população global atingirá seu pico, chegando a 10,3 bilhões de habitantes. Nesse mesmo período, o número de idosos (com 65 anos ou mais) superará o de menores de 18 anos. Essa mudança demográfica apresentará desafios significativos para as estruturas de seguridade social dos países.
Há dez anos, as previsões da ONU indicavam que o pico populacional ocorreria mais tarde e seria ainda maior. No entanto, os baixos índices de fertilidade em todo o mundo aceleraram esse processo e reduziram o tamanho da população projetada.
Estima-se que, já em meados dos anos 2030, o número de pessoas com mais de 80 anos será maior do que o de bebês com menos de um ano. O estudo também revela que as mulheres têm, em média, um filho a menos do que tinham nos anos 1990.
Em mais da metade dos países, a taxa de natalidade está abaixo do nível considerado ideal (2,1 filhos por mulher) para manter o tamanho da população sem depender da imigração. Em algumas nações, a taxa de fertilidade é classificada como “ultrabaixa”, incluindo países como Itália, Espanha, China e Coreia do Sul.
A imigração será uma aliada para pelo menos 50 países que já estão sentindo os efeitos da queda nos nascimentos e do crescimento da população idosa, aumentando o número de habitantes em idade de trabalho. No entanto, parte dos países com taxas de fertilidade ultrabaixas também enfrenta forte emigração de seus cidadãos para outros lugares, o que contribuirá para uma redução ainda maior da população nos próximos 30 anos.
Essa mudança demográfica tem implicações profundas para a sociedade, a economia e os sistemas de saúde, exigindo adaptações e políticas que garantam o bem-estar de todas as faixas etárias. A conscientização sobre essas tendências é fundamental para planejar o futuro de forma sustentável e inclusiva.
