Antônio Carlos Zago, ex-técnico do Bragantino, é investigado pela Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo por suspeita de fraude processual, falsificação de documentos e falsidade ideológica em processos que chegam até R$ 10 milhões.
O inquérito foi aberto em 2020 e teve atualizações nesta semana, com uma solicitação do MP para que seja realizada uma perícia em uma série de documentos relacionados ao caso.
Segundo Silvia Marques, promotora do caso, ainda existem diligências a serem realizadas, testemunhas a serem ouvidas, além de uma análise nos documentos para checar se as assinaturas são falsas ou se existem indícios de fraudes.
A investigação tenta definir se Zago simulou processos na Justiça para que fossem penhorados bens e valores que continuariam em poder da família do jogador, por meio de ações abertas por pessoas próximas e sem a contestação do ex-zagueiro.
Com bens penhorados em processos simulados abertos por amigos e pessoas próximas, Zago evitaria penhoras reais por quantias cobradas pelo seu ex-procurador e ex-amigo pessoal João Assef. Ele ingressou com algumas ações contra o ex-jogador cobrando confissões de dívidas que, à época da abertura dos processos, estavam em torno de R$ 8 milhões.
O ex-jogador vem enfrentando uma série de problemas judiciais, com dívidas que chegam a R$ 40 milhões.
No ano passado, o Ministério Público negou um pedido da defesa de Zago para arquivar o processo e determinou a realização de diligências pendentes para conclusão do inquérito policial.
Ainda em 2022, Zago teve diversos bens pessoais penhorados, como troféus, camisetas e flâmulas da época que jogava, além de móveis, motos e outros objetos.