Um estudo realizado por gestores hospitalares aponta um aumento nas internações por doenças respiratórias entre janeiro e agosto. A pesquisa, conduzida em 27 hospitais públicos e filantrópicos, revelou um crescimento de 27,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Esse aumento impacta diretamente os custos operacionais dos hospitais, resultando em um gasto adicional de R$11 milhões em relação ao ano passado. Para mitigar a pressão financeira, os hospitais estão promovendo estratégias de prevenção, como campanhas de vacinação contra doenças respiratórias.
O aumento pode ser atribuído à maior incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, conforme indicado pelo boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz. Os casos de SRAG estão relacionados a infecções por covid-19 e rinovírus. Além disso, há sinais de aumento de casos de influenza A em alguns estados, como o Rio Grande do Sul.
Além dos patógenos, outros fatores contribuem para o aumento das doenças respiratórias, como a crise climática que provoca secas. A fumaça das queimadas em várias regiões do país também agrava a situação, tendo deixado a cidade de São Paulo com a pior qualidade do ar do mundo em alguns dias.
