Ludmila Lourenço de 31 anos viu o desconforto da dor acompanhar todas as suas atividades, desde a hora de comer aquando ia realizar uma atividade física. Mãe de uma criança de 3 anos e 9meses, ela chegou a fazer até fisioterapia pensando que o problema era na coluna. Mas no dia 1º deste mês uma crise aguda de dor a levou ao pronto-socorro – era uma apendicite. Ao acordar da cirurgia, recebeu em mãos um saco cheio com 270 pedras que estavam em sua vesícula, que precisou ser retirada.Ludmila é uma fotógrafa profissional da cidade de São Paulo. Por conta da profissão, quando começou a sentir dores na coluna no início de 2020, logo pensava serem ócios do ofício. Como ainda é mãe do pequeno Benjamin, de quem cuida sozinha, bastava tomar um comprimido para a dor passar.“Todo dia eu tinha dores e dores e dores, passei três anos à base de dipirona. Fui levando a vida, à base de remédios, comecei a ficar depressiva, a ter crise de ansiedade recorrente, já ficava com crise ansiosa quando sabia que ia comer, porque depois teria que ficar deitada”, relata a fotógrafa.Com o tempo, algumas crises de dores foram aparecendo e as idas ao hospital foram se tornando mais frequentes. Em tempos de hospitais lotados de pacientes com Covid-19, sua internação para tratar de uma — no singular — pedra na vesícula poderia colocar sua saúde em risco, devido à pandemia.Em abril deste ano, depois de ir mais uma vez ao pronto-socorro com fortes dores na barriga e nas costas, ela foi avaliada, fez exames, a vesícula foi “considerada ok” e os médicos pensaram que o problema seria nas costas, tanto que fez até ressonância. Com as dores, chegou a tomar corticóides.Na última semana de maio, após uma viagem de ônibus de Florianópolis, a fotógrafa diz ter sentido uma dor sempre cedentes. Era apendicite aguda.“Fui ao hospital, o médico pediu uma ultrassonografia da parte superior do abdômen, mesmo comigo reclamando de dores na parte inferior. O médico disse: “Você está com umas pedras, mas a vesícula está do tamanho normal, não tem nenhum indício de emergência, você vai voltar para casa”, relatou.A fotógrafa não se conformou e, achando que tinha “algo de errado”, pediu à médica para conferir o que poderia ser. “Quando deitei na maca e ela bateu os dedos na minha barriga, já me contorci e, após uma tomografia, deu apendicite aguda. Mesmo tomando medicamento na veia, era impossível de dormir (internada) de madrugada, tamanha dor” completou.Na quarta, dia 1º de junho, Ludmila entrou para a cirurgia no apêndice e acordou sem a vesícula. “Um enfermeiro me deu um saco cheio de pedras “olha o que tiraram de você”. Ele falou que era da vesícula. Meio anestesiada ainda, questionei: “Vocês tiraram a vesícula?” e, segundo o médico, não teve como não tirar, porque se não eu voltaria lá uns dias depois com ela estourada”, contou. Fonte: o GloboPublicado por: Vinicius Gustavo -Rádio 102 FM
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