Em 2023, até agora, os saques das cadernetas superaram os depósitos em 101 bilhões de reais, indica balanço do Banco Central. Só em novembro, as retiradas da poupança movimentaram 326 bilhões, enquanto os depósitos movimentaram 322 bilhões, quatro a menos.
A depender do resultado de dezembro, o ano de 2023 pode superar o recorde do ano passado, quando a saída de dinheiro superou a entrada em 103 bilhões.
Entre os motivos para a perda de espaço da poupança estão os juros altos, que fazem com que os investidores procurem opções mais rentáveis para aplicar seus recursos, e o endividamento de parte da população, que precisa sacar a grana que estava guardada para pagar contas.
Ainda assim, os brasileiros, hoje, mantém na poupança cerca de 963 bilhões de reais.
Com a taxa Selic em 11,75 por cento ano, as cadernetas rendem meio por cento ao mês, mais a taxa referencial. O que dá uma total perto de oito por cento ao ano. Porém, o mercado oferece opções que também são bastantes seguras, como os CDBs, com rendimento maior.
Vale lembrar, por outro lado, que em outras modalidades de investimento pode haver cobrança de imposto de renda e taxa de administração, dos quais a poupança é isenta.
