Os dados do Anuário de Segurança Pública revelam que houve uma queda de 10,1% nos roubos de celulares entre 2022 e 2023, passando de 492.905 para 442.999 casos. No total, foram registradas 937.294 ocorrências de roubo e furto de celular em delegacias do Brasil no último ano, o que equivale a quase dois celulares por minuto.
Pela primeira vez, os furtos de aparelhos superaram os roubos em 2023, com 494.295 furtos registrados. Entre 2018 e 2023, enquanto os roubos de celular tiveram uma queda de 21%, os furtos de celular cresceram 13,7%. Essa mudança pode estar relacionada à redução da circulação de pessoas e à digitalização bancária, tornando tanto o roubo quanto o furto de celular mais acessíveis, já que muitas informações pessoais estão armazenadas nos dispositivos. A interpretação dos delegados ao registrar os boletins de ocorrência também pode afetar os números, mas essa tendência é notável.
Além disso, a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o Brasil tinha 258 milhões de celulares em maio de 2024, o que explica o crescimento dos roubos e furtos nos últimos anos. As marcas mais visadas pelos criminosos são Samsung, seguida pela Apple, Motorola e Xiaomi. Curiosamente, mesmo representando apenas 10% do mercado nacional, os iPhones da Apple são responsáveis por uma em cada quatro subtrações de aparelhos, indicando que os usuários da Apple correm mais riscos em comparação com outras marcas