O Brasil não adota o horário de verão desde 2019, quando um decreto assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro suspendeu a medida, que fazia o brasileiro adiantar o relógio em uma hora entre os meses de outubro e fevereiro.
O principal objetivo da mudança no horário – que uns amam e outros detestam -, é viabilizar a redução do consumo de energia elétrica, fazendo o brasileiro aproveitar mais a luz natural.
Mas, segundo estudos técnicos que motivaram a suspensão, os hábitos de consumo de energia da população mudaram e o pico diário de consumo passou da noite para o período da tarde. O Horário de Verão, portanto, deixou de produzir os resultados para os quais a política pública foi formulada.
Ou seja, sob o ponto de técnico do setor elétrico, ele perdeu a razão de ser aplicado.
Para esse ano, ainda não há um pronunciamento oficial do governo Lula.
A área técnica do Ministério de Minas e Energia continua não vendo necessidade de retomar o horário de verão em 2023.
Além da dinâmica do consumo ter mudado, a avaliação é que a situação dos reservatórios e a oferta de fontes renováveis são suficientes para garantir o fornecimento de energia para a população.
Vale lembrar que, em uma enquete informal realizada no perfil do presidente Lula no Twitter, no fim do ano passado, quando ele já havia sido eleito presidente, 66% dos participantes se disseram favoráveis à volta do Horário de Verão.