Conversas entre apostadores investigados no esquema de manipulação de partidas alvo da operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), revelam citações a uma série de jogadores das séries A e B do Brasileiro, como Léo Realpe (Bragantino), Maurício (Internacional) e Alef Manga (Coritiba).
O GLOBO teve acesso aos registros da investigação. Nelas, os investigados conversam sobre “nomes certos”, pagamentos, ventilam os nomes de outros atletas e pedem sigilo. Bruno Lopez de Moura, apontado como o chefe do esquema pelo MP-GO, aparece como “BL”. Já Thiago Chambó, apontado como um dos principais financiadores do grupo, é identificado como TH CH.
O nome do zagueiro do Bragantino aparece em lista dos apostadores para combinação de jogos em um fim de semana de outubro de 2022. Bruno Lopez diz que os nomes estão “mais ou menos certos”.
Realpe também aparece em uma planilha com nomes de jogadores envolvidos em três dias de operação de apostas, com valores incluindo sinais e pagamentos.
ATUALIZAÇÃO: O Red Bull Bragantino procurou o zagueiro Léo Realpe na tarde desta quarta-feira, 10, que mostrou as conversas com o aliciador falando que não faria, extratos bancários, e o equatoriano garante que fez.
O nome de Thonny Anderson, jogador que também pertence ao Bragantino (atualmente emprestado ao ABC de Natal), aparece em prints que constam no processo. Thonny é mencionado como a pessoa supostamente responsável por cooptar o então companheiro de time, Jesus Trindade. Trindade também aparece na planilha com valores que supostamente seriam pagos aos atletas.
