Melhor data para observar o corpo celeste será em 17 de setembro. Dica é esperar o anoitecer e procurar locais altos, longe de áreas urbanas com poluição luminosa.
Ao longo deste mês de setembro, os entusiastas da astronomia terão a oportunidade de observar o recém-descoberto cometa Nishimura à medida que o corpo celeste se torna visível no céu noturno.
Encontrado no último mês pelo astrônomo amador japonês Hideo Nishimura, o cometa já está se tornando mais brilhante para a observação, com uma magnitude atual de 3,8 (quanto menor esse número, mais brilhante é o objeto).
No entanto, a data marcante para a sua observação será em 17 de setembro, quando o C/2023 P1, como a formação de poeira e gelo também é tecnicamente chamada, atingirá seu periélio, o ponto mais próximo do Sol.
Nesse momento, ele alcançará seu brilho máximo, potencialmente chegando a uma magnitude de 2,9, de acordo com plataformas especializadas de medição.
Isso significa que ele será visível a olho nu ou com binóculos, embora a proximidade do cometa com o Sol no céu possa dificultar observações, especialmente em áreas urbanas com poluição luminosa, como na cidade de São Paulo.
A Nasa, a agência espacial norte-americana, diz inclusive que o cometa, que tem o tamanho de um quilômetro, chegará tão perto do Sol – dentro da órbita de Mercúrio – que o seu núcleo poderá até mesmo quebrar-se.
Por isso, uma dica é observá-lo ao pôr do Sol, quando a luminosidade do nosso astro está mais fraca. Escolha também locais com uma visão clara do horizonte.
E de acordo com o Observatório Nacional, as perspectivas são otimistas para o Hemisfério Sul. Por aqui, o cometa aparecerá muito baixo no céu ao anoitecer até o final do mês.
Antes disso, em 13 de setembro, o cometa fará sua maior aproximação da Terra, a uma distância de 128 milhões de quilômetros, ou 0,85 Unidades Astronômicas.
“Cálculos recentes sugerem que este cometa pode ser periódico”, disse o ON, em um comunicado.
Isso quer dizer que o objeto poderá passar novamente perto da Terra somente daqui a 400 anos, caso não se desintegre completamente quando próximo ao Sol.
“Cometas que fazem sua primeira passagem pelo Sol têm maior probabilidade estatística de se desintegrar, mas cada passagem subsequente ao periélio torna o núcleo do cometa mais robusto. Assim, o C/2023 P1 tem uma melhor chance de sobreviver às futuras passagens próximas ao Sol”, garantiu o observatório.
Como localizar o cometa
Para localizar o C/2023 P1 no céu, aplicativos de observação de estrelas para celular como o Star Walk 2 ou o Sky Tonight podem ser úteis, já que permitem a identificação de diversos objetos astronômicos, além de cometas.
Basta procurar pelo Nishimura na ferramenta de busca desses apps e apontar o celular para o céu perto do melhor horário de observação.
Fonte: g1